20/04/11

A santa ceia de Jesus


“E, quando comiam, Jesus tomou o pão, e abençoando-o, o partiu, e o deu aos discípulos, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo.
E, tomando o cálice, e dando graças, deu-lho, dizendo: Bebei dele todos;
Porque isto é o meu sangue, o sangue do novo testamento, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados.
E digo-vos que, desde agora, não beberei deste fruto da vide, até aquele dia em que o beba novo convosco no reino de meu Pai” Mt 26, 26-29
A ceia pascoal como uns dizem ou memorial como outros dizem, é a noite em que Jesus pela última vez jantou com seus discípulos instituindo a eucaristia.
Os cristãos celebram nesta época a Páscoa da ressurreição, a vitória de Cristo perante a morte, sofrimento, injustiça e pecado.
Neste dia, ou época, existem coisas importantes a fazer e a viver e outras que vão perdendo sua primazia perante as exigências dos últimos dias.
A santa ceia de Jesus aconteceu a 14 do mês de Nisa, isto é um dado histórico, visto que actualmente usamos um calendário diferente do calendário judaico. Esta mudança de calendário fez com que a precisão das datas deixasse de existir porque agora temos mais meses que antes. No que devemos nos deter então? Na data do acontecimento ou no acontecimento em si? Isso faz-me lembrar o provérbio da Lua, o Dedo e o Idiota que diz: quando o dedo aponta para a lua, o idiota detém-se a olhar para o dedo, esquece que o mais importante é o que o dedo está a mostrar, a lua, tal como os sacramentos são sinais que nos mostram o caminho em direcção a Deus. Ou seja, o mais importante é o acontecimento, a Páscoa, e não a data em que aconteceu. Jesus ofereceu-se como cordeiro imolado para nossa redenção, para nos resgatar. Esta é a grande verdade, e se aconteceu numa quarta, quinta ou sexta deixa de ser relevante pois o caminho, verdade e vida é Jesus que se deu por nós.
Numa altura em que está cada vez mais próximo o dia final, os cristãos deviam se preocupar mais com a divulgação da Boa Nova da salvação, com o amor e temor a Deus, com a busca de um contacto mais forte e permanente com Deus que é a fonte de libertação e salvação. Além disso, quando vier a grande besta para tentar roubar o legado de Deus, se é que ainda não está entre nós, se ela quiser também poderá mudar o calendário a seu belo prazer e depois? Ainda estaremos detidos em pensar na data em que decorreu a última ceia? Ou na vigilância e espera constante pela vinda do Senhor?

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